POSTAGEM 57: AURO, LORDE DE JÚPITER (PLANET COMICS 43)

Voltamos a Planet Comics, de julho de 1946, com mais um personagem símbolo da ficção científica da era de ouro: Auro, Lorde de Júpiter.

Apesar do título ser um dois mais longevos de Planet Comics, dois personagens o encarnaram. O primeiro era um tipo de Tarzan do espaço, acompanhado por um tigre-dentes-de-sabre, com músculos poderosos devido à gravidade de Jupiter. Essa encarnação do personagem apareceu entre as edições 1 e 29.

A segunda encarnação, postada a seguir, iniciou onze edições após o término de sua antecessora, no número 41. Nela, o jovem cientista Chester Edson cai em Júpiter e seu espírito é transferido para o corpo do Auro original, que é ressuscitado como um herói estilo “Flash Gordon”, como veremos.

O interessante é a relação espírito-corpo observada entre Auro e Chet, muito similar à do Professor Stein e Ronnie Raymond, ocorrida anos após, em Nuclear. Provavelmente mais uma fonte de inspiração.

 

POSTAGEM 56: CAPITÃO MARVEL (WHIZ COMICS 5)

Não há como falar de Whiz Comics sem abordar o Capitão Marvel. Como anteriormente postei uma história da Spy Smasher, presente em Whiz Comics 5, de junho de 1940, sinto-me na obrigação de postar a história protagonizada pelo principal personagem da revista e da Editora Fawcett.

Já postei algumas outras histórias do Capitão, mas gostaria de destacar a diferença de abordagem do personagem entre Whiz Comics 5 e Captain Marvel Adventures 18, de dezembro 1942, pouco mais de dois anos depois.

Nota-se que em 1940 o Capitão Marvel era realmente um personagem muito similar ao Superman. Tenho certeza que após a leitura da história a seguir, todos ficarão com a mesma impressão. Principalmente aqueles que estão acompanhando as primeiras histórias do Superman em “Superman Crônicas” ou que já leram as histórias antigas de alguma outra forma.

Já em 1942, o tema abordado e a caracterização do personagem já divergem um pouco do tradicional homem de aço da DC.

Seria isso um reflexo do início da ação judicial movida pela DC, ou o Capitão já mostrava identidade própria e seus criadores já buscavam voos mais altos (com o perdão do trocadilho) buscando derrubar Superman nas vendas?

Mais um enigma dos quadrinhos da Era de Ouro. Nos resta apenas aproveitar o produto desses gênios criativos.

POSTAGEM 55: HORROR NO FAROL (BEWARE! TERROR TALES 6)

O leitor mais atento deve se lembrar de algumas histórias de Voodoo 7, de março de 1953, postadas aqui no blog. Voltamos exatamente ao mesmo mês e ano, porém para outra publicação de horror: Beware! Terror Tales 6, da Fawcett.

Isso mesmo, a casa do Capitão Marvel, Bulletman, Spy Smasher e tantos outros, também tinha sua publicação de horror.

E a qualidade, como tudo lançado pela editora, era excelente.

Como a maioria das revistas de horror da época, a publicação contava com um cicerone para receber os leitores e apresentar as histórias. No caso, tínhamos a Múmia!

 

POSTAGEM 54: O MUNDO PERDIDO (PLANET COMICS 43)

Voltamos a Planet Comics 43, em julho de 1946, para outra série icônica que abrilhantou as páginas da revista durante 49 edições (21 a 69).

A história se passa no século 33, onde o personagem principal, Hunt Bowman, é um guerrilheiro que se alia a Lyssa, rainha do Mundo Perdido, contra os reptilianos Homens Volta, conquistadores da Terra.

Toda vez que olho para Hunt me lembro do desenho animado do Robin Hood do Espaço. Talvez tenha sido uma inspiração.

Na edição 24 de Planet Comics, Hunt e Lyssa retornam à Terra, de onde nunca mais voltariam.

É por isso que apesar do título da série ser “O Mundo Perdido”, a história se passa no planeta Terra, na história que leremos a seguir.

Como curiosidade fica o fato de que muitos desenhistas de Planet Comics eram mulheres. Fato que vai totalmente contra a ideia de que o machismo dominava a Era de Ouro. Se isso ocorria nas histórias, pelo menos não era o que se via nos bastidores.

A história que leremos a seguir foi desenhada por Lily Renée, austríaca de origem judaica que deixou seu país natal após a ocupação nazista em 1938.

Mudou-se para a Inglaterra e depois para os EUA, mais especificamente Nova Iorque, onde se dedicou à vida de artista.

Lily ainda vive com seus quase noventa anos.

Boa leitura!