A história que leremos a seguir definitivamente tem seu
lugar nos momentos mais especiais das histórias em quadrinhos.
Ela marca a origem de Kid Eternidade, personagem de grande
popularidade na Era de Ouro, publicado pela Quality, que depois foi adquirido
pela DC Comics, sendo inclusive reformulado em uma minissérie escrita por Grant
Morrison, no início dos anos noventa.
Mais recentemente foi utilizado nas histórias da Sociedade
da Justiça, antes dos novos 52.
A questão da palavra mágica que confere poderes a um garoto
não é mera coincidência, pois Kid Eternidade teve como um de seus criadores Otto
Binder, famoso roteirista do Capitão Marvel da Era de Ouro.
Talvez isso explique porque a DC Comics, quando adquiriu
definitivamente os direitos do personagem, não o colocou na Terra X, onde
ficaram todos os personagens da Quality e Charlton, mas na Terra S, onde
ficaram os personagens da Fawcett, no universo DC pré-Crise nas Infinitas
Terras.
Quem tem seus quarenta anos de idade deve se lembrar.
Infelizmente, a qualidade dos scans é terrível, e a
recuperação ficou prejudicada, mas vale muito a pena ler essa história, que tem
um roteiro muito legal.
Para quem tem a minissérie de Grant Morrison, é uma boa
oportunidade para comparar e checar as referências à obra original. O autor
sempre respeita muito os personagens em que mexe.
Boa leitura!
Olá Marcelo...
ResponderExcluirOutra postagem muito interessante. Sobretudo no que se refere à sua explanação sobre as diferentes Terras. Gostaria de ler e entender mais a respeito destas diversas Terras que, ao que parece, foram concebidas como realidades alternativas para conter personagens de Editoras diferentes adquiridas pela DC.
Fiquei interessado também na Minissérie a que você se refere do Grant Morrison. Acredito que não deve ter saído no Brasil.
Um grande abraço!
Marcelo.
Olá Marcelo! Comecei a acompanhar o Universo DC bem na época em que saiu "Crise nas Infinitas Terras". Sei que tinham outras Terras paralelas onde exatamente, os heróis adquiridos de outras editoras, que não conviviam com os tradicionais da DC, habitavam. Era o caso do Capitão Marvel e demais heróis da Fawcett, bem como os heróis da Quality e da Charlton. Tinha também a Terra 2, se não me engano, onde Super-Homem e Batman tinham ficado velhos. Tinha também a Terra do Superboy. Foi aí que a DC decidiu juntar todas as Terras. Os leitores da DC mais antigos que eu acham que a verdadeira DC acabou ali. Assim como, para a maioria de nós, acabou com os Novos 52.
ExcluirQuanto à minissérie do Kid Eternidade, saiu no Brasil sim, pela editora de mil nomes (Metal Pesado, Tudo em Quadrinhos, TEQ, Brainstore e sei lá quais mais). Ficou um pouco de lado, pois foi lançada na "Era de Ouro da Vertigo", mas é sensacional e vale a pena ser lida. O que continua inédito no Brasil é o material lançado de Kid Eternidade pela Vertigo, após a minissérie. Teve uma publicação mensal que nunca saiu por aqui. Seria uma boa pedida para uns encadernados no Brasil. Quem sabe?
Um abraço!